É onírica,
é pesadelo de Goya
a desejada visita
é pesadelo de Goya
a desejada visita
Desde um abraço sonhado
desde meu calor epidérmico
deste teu forte rubor
desde meu calor epidérmico
deste teu forte rubor
Enfim!
vem o sono da razão
despertar-nos a carne
vem o sono da razão
despertar-nos a carne
São dois o mesmo desejo,
é de ambos o mesmo sonho
ficando dentro de um quadro
é de ambos o mesmo sonho
ficando dentro de um quadro
A visita,
que se dorme sem querer,
querida,
detém-se na composição, estrutura
que então se perpetua e
fascina
pra não se concretizar.
que se dorme sem querer,
querida,
detém-se na composição, estrutura
que então se perpetua e
fascina
pra não se concretizar.
Mas instalam-se na pele
minha excitada impressão digital
tua impressionada excitação genital
que se acabam
em águas mornas
quando nos acordamos
eu em minha cama
tu na tua
minha excitada impressão digital
tua impressionada excitação genital
que se acabam
em águas mornas
quando nos acordamos
eu em minha cama
tu na tua
Nessa líquida fronteira
entre sono e vigília
percebemos, ainda quente,
pergunta perfumada no ar:
quem visitou quem?
entre sono e vigília
percebemos, ainda quente,
pergunta perfumada no ar:
quem visitou quem?
Nenhum comentário:
Postar um comentário